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setembro 06, 2021

O Quadro Vermelho do Meu Quarto



Olho na direção
de corpos nus, e inversos.
Rostos sem traços
envolvidos nas cores da paixão.
Inertes, sem expressão,
sem as batidas do coração.
Nela vejo os seios rijos
pela frieza de uma imagem sem vida.
Braços apoiados em uma nuca
sem resposta ao toque do que
parecia carinho.
Eles simbolizam um amor inexpressivo.

Quando interpreto por outro anglo
a vejo desfalecida, pela intensidade
de um grande momento de amor.
Ela sem ver, enxerga um rosto sem feição.
Sem ouvidos ,escuta as batidas de um coração
acelerado e, palpitante.
Os braços erguidos a descansar
na nunca daquele que também
parece estar à amar.
Dois corpos nus entrelaçados
entre as cores da paixão,
saindo da imaginação de uma artista
a se inspirar em uma história de amor
que lhe parecia nunca iria acabar.

                       Janett Morais

agosto 29, 2021

Coragem Para Voar

 


O sonho da liberdade

Está incorporado em toda gente

O medo de voar

Faz-nos viver entre as correntes


De gaiolas douradas

Moradas Incertas

Relações de fachadas

Atividades oprimidas

Obras inacabadas


Por medo de voar

Atrofiamos as nossas asas

Cerramos os olhos para não enxergar

Que existe a linha do horizonte

A qual podemos ultrapassar


Para viver a liberdade

Basta ter a coragem

De treinar as nossas asas

E no sonho se jogar


Sem medo de voar

Conseguimos quebrar correntes

Destruir fachadas abaladas

Laborar como um presente

Viver sem procrastinar

Quando utilizamos as nossas asas

Nos damos a liberdade

De voar como as águias

Mesmo enfrentando tempestades

                                                           Janett Morais


Este Poema foi publicado no livro Liberdade, Antologia de Literatura Livre da Chiado Books 


março 28, 2021

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Finalizado


março 15, 2021

Mentes Doentes



 Tento fugir de mentes doentes

Contagiosas indecentes
Blindo-me com ardor
Pulverizando os ouvidos
Com pensamentos de amor

Intermitente e teimosa
É a mente doente
Não tem mais, nem porquê
Só sabe viver a sofrer

Para ela você sorrir 
Se fazendo otimista
Ela chora para si
Da alegria a querer fugir

Deitada na sua dor
se contorce de tristeza
No outro não vê beleza
Só se alimenta do clamor

Quero dizer para estas mentes
Observar sem paixão
O que vai dentro de si?
Qual o porquê da insatisfação?
O que lhe faz ser tão descrente?

Busque esta resposta
Viajando no interior
Ative aquele sentimento
Que é desconhecido por tantos
Mas ele, chama-se amor!





março 11, 2021

O Tempo Não Perdoa

 

Depois de anos sem lhe ver

Os meus olhos não queriam crer
Aquele não era você
Nada que via lembrava 
Aquele lindo e garboso rapaz
Que eu tanto amava
Da sua vasta e negra cabeleira
Só restaram apenas alguns fios brancos
Lembrando um chumaço de algodão
Ao lembrar-me da sua vaidade
Do seu orgulho em tê-los
A lembrança partiu-me o coração
O seu rosto já flácido 
Acumulado de gorduras
Em forma de papadas
Já não deixam ver
As covinhas que se formavam
Com a sua bela risada
Os meus olhos não queriam crer 
E teimavam em dizer
Aquele não era você
Fechei os olhos 
Busquei na recordação
A certeza que eram dois
O  antes e o depois...  entendi...
Você não era ele... então
Eu também não era ela
 Que via dentro da recordação
Nós não éramos mais aqueles
O tempo havia passado
Sendo cruel e impiedoso
Quando nos deixou sem se ver
E envelhecer separados

Estou muito orgulhosa do meu neto de 5 anos, que acabou de publicar seu primeiro livro de história. O livro está lindo e bem ilustrado, as i...