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fevereiro 01, 2012

dezembro 18, 2011

Canção do Sonho Acabado

Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...


Cecilia Meireles

novembro 22, 2011

OS OLHOS QUE FITEI


Os olhos que fitei
Foram tantos que nem sei!
Vou tentar descrever,
Aqueles de que lembrei

Castanhos e tímidos,
Foi o de um amor inocente
acontecidos na escola
Entre dois adolescentes

Profundeza e perspicácia,
Em um namoro sem emoção
Nos olhos graúdos de um rapaz
Alegre e brincalhão

Olhos negros sensuais,
De uma firmeza fatal
Primeiro grande amor
Inesquecível oriental

Olhos azuis como o oceano
De um "Dom Juam" sem coração
Destruiu a pureza e inocência
Causando minha primeira desilusão

Olhos verdes com intensidade
Eram de um rapaz de bom coração
Tive seu amor de verdade
Foi por outro que o deixei
Uma estupidez a minha maldade

Pelos profundos olhos castanhos,
Aconteceu a paixão arrebatadora
Levando-me ao céu
Deixando-me hoje sozinha
Saboreando o gosto amargo do fel.

Janett Morais

novembro 10, 2011

O amor acabou...
Vou me fazer o favor
De esquecer quem eu fui
Para viver quem eu sou.

Hoje sozinha
De coração livre...
Braços abertos
Para um novo amor

Que sei vai chegar,
Saber me tocar...
Compreender minha alma
Feita para amar.

Vai saber entender
O meu jeito de ser,
Sem criticar meus defeitos,
Minhas qualidades merecer

Me amar de verdade,
E poder reacender,
O fogo da paixão
Que um dia deixei morrer.

Janett Morais

10/11/2011



outubro 24, 2011



Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles

outubro 19, 2011

Dá-me a tua mão desconhecida, que a vida está me doendo, e não sei como falar - a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas.

(Trecho do livro A paixão segundo GH) Clarice Lispector

outubro 14, 2011

Deu-me Deus o seu gladio, porque eu faça
A sua santa guerra.
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
ás horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.

Pos-me as mãos sobre ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.

E eu vou, e a luz do gladio erguido dá
Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá,
pois, venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma.

Fernando Pessoa

Estou muito orgulhosa do meu neto de 5 anos, que acabou de publicar seu primeiro livro de história. O livro está lindo e bem ilustrado, as i...